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Em defesa da segurança e pelo fortalecimento da polícia

De volta à Câmara dos Deputados, Laerte Bessa quer usar sua experiência como delegado para criar leis que atendam e protejam o cidadão e lutará pela reestruturação das polícias e dos bombeiros

O goiano Laerte Bessa está em Brasília há mais de 30 anos. Veio para o DF, ainda jovem, ao ser aprovado em concurso público, para assumir o cargo de delegado de Polícia Civil. Tem 60 anos, é divorciado, pai de três filhas e avô de um menino de 12 anos. Atualmente mora em Águas Claras.


Como um bom goiano, tem predileção por música sertaneja e vive rodeado de amigos cantores famosos como Chico Rey e Paraná; Dino Franco; Zé Mulato e Cassiano; Milionário e José Rico e Leonardo, com quem sofreu um grave acidente de carro há 11 anos. Ambos se dirigiam à fazenda de um amigo quando a Land Rover em que estavam capotou próximo à cidade de Jussara (GO). Bessa ficou em coma, na UTI do Instituto Neurológico de Goiânia, por 15 dias, tendo ficado entre a vida e a morte. Superou essa fase e retomou a vida normalmente.


Sua vida profissional tem sido marcada por grandes acontecimentos. Criou e liderou Grupo de Repressão a Sequestros (DRS) e a Divisão de Operações Especiais (DOE). Em 1998 foi nomeado diretor-geral da Polícia Civil do DF, cargo em que ficou por oito anos e marcou história. Foi o diretor que mais investiu em modernização e compra de equipamentos e armas. Paralelamente, foi presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícias.


Em 2006 foi eleito deputado federal com mais de 60 mil votos. Na Câmara Federal, foi o primeiro parlamentar do DF, e único até hoje, a presidir a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Aprovou o tão almejado Plano de Cargos e Salários da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do DF, entre outras realizações. Ficou quatro anos afastado da vida política, atuando na advocacia.

No ano passado, a convite do Partido Republicano (PR), Laerte se candidatou novamente a deputado federal e foi eleito com 33 mil votos.

Sua bandeira sempre foi a segurança. “A segurança é muito complexa. Envolve desde a política de inclusão do jovem às oportunidades (ao esporte e mercado de trabalho) até a questão da redução da maioridade penal e o fim dos saidões dos presos”.

Com tantos trabalhos realizados em prol da Segurança Pública do DF Bessa resolveu, como coautor, compilar diversas experiências em um livro intitulado Não Existe Crime Perfeito, de Marcos Linhares, da editora Thesaurus, publicado em 2013 (1ª edição), que já está na segunda edição. No livro, o deputado relata casos de grande repercussão nacional como o caso do sequestro do “menino Pedrinho”, entre outros.

O senhor esteve oito anos à frente da polícia do DF. Como deputado, como pretende trabalhar a questão segurança no DF? 

Usar toda a experiência como policial, o que é uma grande e válida bagagem. Resgatar os projetos que valorizam as categorias de segurança, como a reestruturação das polícias e Corpo de Bombeiros, bem como viabilizar projetos que venham atender a população como a redução da maioridade penal e a reforma da lei de execuções penais.

Como avalia a remuneração de bombeiros e policiais militares?

A remuneração dos PMs e bombeiros do DF está defasada. São ridículas as remunerações dos policiais em todo o país, em relação ao que eles representam para nossa população. Como exemplo próximo, há sete anos, aqui no DF, essas categorias não têm aumento nos salários.

Na sua avaliação até que ponto o papel da imprensa é importante para auxiliar ou “atrapalhar” as investigações?

A imprensa, ao divulgar modus operandi da investigação, prejudica muito o resultado do trabalho policial, principalmente em casos de extorsão mediante sequestro. No meu ponto de vista, a imprensa colabora quando divulga retratos-falados de suspeitos. 

Quais serão suas prioridades em seus primeiros dias de mandato? 

Minha prioridade após a posse: é destinar verbas de emendas para acudir a saúde e a segurança pública do Distrito Federal.

Como pretende acabar com os saidões dos presos perigosos?

Nessa questão vou atuar promovendo mudanças na Lei de Execuções Penais, que é muito branda para elementos de alta periculosidade.

Como o senhor vê questões como a legalização da maconha e maioridade penal? 

Sou a favor da extinção da maioridade penal com a criação do exame criminológico e exame psiquiátrico para detectar o grau de periculosidade do menor infrator. Sou radicalmente contra a legalização da maconha e outras drogas – que são trampolins para as drogas mais fortes e mortais.

Por que acredita que a maioridade penal acabará com a impunidade do menor infrator? 

Com a ideia de submeter os menores infratores aos exames criminológicos e de psiquiatria, teremos a possibilidade de saber se este menor violento é capaz ou não de se recuperar.

O DF tem várias áreas carentes de atenção. A educação, por exemplo, é uma delas. Quais são suas propostas para melhorias das creches e escolas de ensino fundamental, por exemplo?

Sou a favor de projetos de criação de creches e escolas em tempo integral. Me proponho inclusive, a destinar emendas pessoais às questões de educação.

Hospitais públicos. Como organizar e resolver tantos problemas?

É uma questão de gestão. Acredito que, com a dedicação de bons e capacitados especialistas da área, estes problemas poderão ser solucionados. Ou seja, deixando político e política longe da saúde. 

Obras e manutenção do transporte público. Quais as suas propostas?

O parlamentar pode destinar emendas necessárias para investir no transporte público. Sempre estive atento às necessidades da nossa população e assim continuarei em todas as áreas.

O que espera do governo Rollemberg? 

Espero que cumpra à risca tudo o que prometeu na campanha para o Governo do Distrito Federal, sabendo das dificuldades com que ele está recebendo a trágica administração do governo Agnelo Queiroz.

Sua bandeira sempre foi a Segurança e o senhor defende a política de inclusão de jovens às oportunidades. Como isso pode ser feito?

Resgatando os projetos sociais implantados em minha gestão como diretor da Polícia Civil como o “Esporte à Meia-Noite”, “Picasso Não Pichava”, “Polícia Comunitária”, “Identidade Solidária”, “Museu de Drogas”, “Bombeiro Mirim”, entre outros que foram extintos ao longo desses últimos anos.









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1 comentário

  1. Equanto isso a cidade está cheia de postos comunitários a ser vigiado por policiais. Ou policía ou vigia os postos. Desgoverno total e todo dia tem uma comissão pra isso pra aquilo e não conseguem entender que policia fardada ja era. Hoje é policia inteligente onde surpreende o autor de crime.Policia fardada é pros decada de 70 onde o bandido tinha medo da policia hoje eles não estão nem ai.

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